segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Relativismo - Introdução

relativism Peter Maurin e Dorothy Day definem uma sociedade boa como uma que torna mais fácil que o indivíduo seja bom. Correlativamente, uma sociedade livre é aquela que faz com que seja fácil ser livre. Ser livre e viver livremente, é viver espiritualmente, porque só espírito é livre — a matéria não o é. Viver espiritualmente é viver moralmente. As duas propriedades essenciais do espírito que se distinguem da matéria são intelecto e a vontade — a capacidade de conhecimento e escolha moral. Os ideais da verdade e da bondade. A ameaça mais radical para viver moralmente hoje é a perca de princípios morais.

Relativismo é a questão mais importante da nossa época.

A prática da Moral sempre foi difícil para a humanidade caída, mas pelo menos sempre houve o farol de princípios morais, não importa a tempestuosidade do mar da prática moral. Mas hoje, com a maioria de nossas mentes moldadas na educação formal ou informal — ou seja, meios de comunicação social — a luz desvaneceu. Moralidade é uma névoa de sentimentos. É por isso que para eles, como Chesterton disse, "a moralidade é sempre terrivelmente complicada para um homem que perdeu todos os seus princípios". Entenda-se por princípios aqueles princípios morais absolutos. Rochas imutáveis sob as ondas de mudanças de sentimentos e práticas. Relativismo moral é uma filosofia que nega quaisquer absolutos morais. Este é o inimigo público número um. É esta filosofia que extinguiu a luz nas mentes dos nossos professores e alunos e, eventualmente, se não for revertida, acabará por extinguir toda a nossa civilização. Portanto, não se pretende apenas apresentar um caso forte contra o relativismo moral, mas tão somente refutá-lo, desmascará-lo, colocá-lo a nu, humilhá-lo.

Quão importante é esta questão? Afinal, trata-se apenas de filosofia e filosofia são apenas ideias. Mas ideias têm consequências. Às vezes essas consequências são tão importantes como um Holocausto, ou uma Hiroshima. Às vezes até mais importantes. Filosofia é apenas pensado, mas ao semear um pensamento, colhe-se um acto; ao semear um acto, colhe-se um hábito; ao semear um hábito, colhe-se um carácter; ao semear um carácter, colhe-se um destino. Isto é tão verdade para as sociedades quanto para os indivíduos.
Quão importante é a questão? A questão do relativismo moral é somente a questão mais importante da nossa época, pois nenhuma sociedade em toda a história humana sobreviveu sem rejeitar esta filosofia. Nunca houve uma sociedade de relativistas. Portanto, nossa sociedade fará uma das três coisas: ou refutar uma das leis mais universalmente estabelecidas de toda a história; ou arrepender-se de seu relativismo e sobreviver; ou persistir em seu relativismo e perecer.

Quão importante é a questão? C.S. Lewis diz, em “O Veneno do Subjectivismo”, que esse relativismo "irá certamente terminar com a nossa espécie e condenar as nossas almas." Lembre-se de que os homens de Oxford (Oxonians) não são dados ao exagero. Porquê ele diz "condenar as nossas almas"? Lewis é cristão e não discorda do ensino fundamental de seu mestre, Cristo, e de todos os profetas na tradição judaica para os quais a salvação pressupõe o arrependimento e arrependimento pressupõe uma lei moral objectiva real. Relativismo moral elimina essa lei, trivializa assim o arrependimento e, consequentemente, a salvação.
As ideias têm consequências

O que o leva a dizer "acabar com nossa espécie" e não apenas a civilização ocidental moderna? Porque a espécie humana inteira está se tornando cada vez mais ocidentalizada e relativizada. É irónico que a América, a principal fonte de relativismo no mundo hoje, seja também nação mais religiosa do mundo. Isso é irónico porque a religião é para o relativismo o que o Dr. Van Helsing é para o Conde Drácula. Dentro da América, a oposição mais forte ao relativismo surge nas igrejas. Ironia ainda maior, de acordo com as pesquisas mais recentes, que os católicos sejam tão relativistas, tanto no comportamento como na crença, como os não-católicos, protestantes, evangélicos. Sessenta e dois por cento dos evangélicos negam qualquer verdade absoluta ou imutável e os judeus americanos são significativamente mais relativistas e seculares que os Gentios. Só judeus ortodoxos, ortodoxos orientais e os chamados “fundamentalistas” parecem ter resistindo a essa cultura, não por meio da conversão, mas por se terem retirado dela. E isso inclui a maioria dos muçulmanos. Quando Pat Buchanan disse em 1992 que estávamos numa guerra de cultura, toda a comunicação social se riu e zombou dele. Hoje, toda a gente sabe que ele estava certo e a guerra cultural é essencialmente sobre esta questão.

Temos de definir nossos termos quando começamos. Relativismo moral geralmente inclui três reivindicações: que a moralidade antes de tudo é mutável; em segundo lugar, subjectiva; e terceiro, individual. Que é relativa, em primeiro lugar, cronologicamente: não se pode voltar atrás no tempo. Em segundo lugar, para o que subjectivamente nós pensamos ou sentimos: nada é bom ou mau, mas o pensamento torna bom ou mau. Em terceiro lugar, a indivíduos; cursos diferentes para diferentes pessoas. Inversamente, absolutismo moral afirma que existem princípios morais que são imutáveis, objectivos e universais.

Devemos, primeiramente, examinar os argumentos de relativismo moral e refutá-los, afim de limpar o caminho para os argumentos contra ele.

(Adaptado)

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