quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Sete razões para acreditar no inferno

Podemos provar que o inferno existe? Existem, pelo menos, sete boas razões para acreditar que sim. As primeiras três são argumentos baseados na autoridade e as outras quatro são baseadas em raciocínio filosófico.
  1. A Bíblia assegura-nos que o inferno existe. Se a Bíblia é a Palavra de Deus, logo não acreditar no inferno é não acreditar em Deus. Dizer que uma mensagem é uma mentira é dizer que o seu mensageiro é mentiroso. A única escapatória a este argumento é interpretar a Bíblia - ou as suas partes que não querem ser acreditadas - não literalmente. O problema com esta objecção , além da óbvia desonestidade de especular sobre os dados de acordo com a própria vontade, é que mesmo se a imagem é não-literal, a realidade do inferno veiculada por essa mesma imagem é.

  2. Cristo foi o homem que mais falou sobre o inferno. Se o inferno não existe, então Cristo seria mentiroso, logo não poderia ser o Filho de Deus, pois Deus não pode mentir; logo não poderia ser apenas um bom homem ou professor - pois estaria a mentir deliberadamente e estaria voluntariamente a induzir os seus amigos em erro. Assim, se o inferno não existe, não somente Cristo é mentiroso, mas também é mau porque aterrorizou as pessoas desnecessária e falsamente. Todos nós sabemos os abusos que a doutrina do inferno pode provocar: medos e manipulação das consciências. De facto, o Homem mais amoroso, compassivo e gentil que existiu à face da Terra abriu a sua boca para nos advertir desta realidade assustadora. Inquestionável este argumento.

  3. A Igreja sempre ensinou dogmaticamente a doutrina do inferno. Se a Igreja se enganou sobre este assunto, porque é que não poderia ter enganado sobre o resto, como o paraíso? Quem se considera cristão tem que forçosamente acreditar no inferno, pois o contrário seria uma contradição: um cristão acredita em Cristo que acredita no inferno. A única maneira de acreditar em Cristo sem acreditar no inferno é reconstruir Cristo à nossa própria imagem (ora que Cristo quer reconstruir-nos à Sua própria imagem!). Daí o Cristo marxista, o Cristo capitalista, o Cristo ambientalista, o Cristo comunista, até o Cristo nazi. Porque não? A propaganda hitleriana criou este tipo de Cristo. Hitler escamoteou o judaísmo a Cristo para forjar a sua ideologia, assim como os modernos escamotearam a sua sobrenaturalidade para forjarem a sua. O facto de que o "modernismo" é mais simpático que o nazismo não justifica que se alterem os factos para construir ideologias. Se o modernista o pode fazer, porque não um nazi? A lógica do argumento é indiferente ao simpático ou ao menos simpático.

  4. A justiça reclama castigo para o mal. Ela significa discriminação moral entre o mal e o bem. A justiça é indestrutível, porque é um atributo divino. Todavia, a justiça divina não impede que Deus não perdoe, mas impede que Deus trate da mesma maneira o arrependido do impenitente. A compaixão é infinita, mas não pode contradizer nem destruir a justiça. Se isto não fosse verdade era como de déssemos o prémio Nobel da paz a indivíduos como Mao-Tse-Tung.

  5. O inferno é uma consequência da exclusividade de Deus. Se fôssemos pagãos, poderíamos trocar um deus por qualquer outro. Ou Zeus, ou Apolo, ou Vénus, ou Ala, ou o dinheiro, ou o corpo, ou a saúde, ou outro qualquer. Mas se Deus é a única fonte de alegria, vida e luz, então evitá-lO é evitar toda a alegria, vida e luz. negar o inferno é negar que Deus é o único Deus e que o seu céu é o único céu.

  6. O argumento mais simples é o da livre vontade humana. Se somos realmente livres para responder ao apelo de Deus, e se Deus não é um tirano ou ditador, então temos de ser livres para recusá-lo. E se as nossas almas entram na eternidade no estado de inimigos de Deus - no qual não há mais hipótese de escolha -, então temos de aceitar a condição por nós livremente escolhida. Mesmo que houvesse segundas hipóteses em segundas vidas, ou reencarnações, o que seria se continuássemos a recusar? Se somos livres, podemos recusar indefinidamente. Se, porventura, se tornasse necessário que aceitássemos Deus, então a aceitação tornar-se-ia não-livre. Por outras palavras, se dissermos que, após sucessivas reencarnações, toda a gente vai aceitar Deus, a liberdade de escolha vai transformar-se em escolha necessária ou determinismo. Mas isto é impossível. É como dizer que qualquer coisa vai perder a sua essência.

  7. O argumento do medo: um desejo universal, inato e natural corresponde sempre a um objecto real. Dado que o medo é correlativo com o desejo - tememos perder o que desejamos ter e desejamos perder o que tememos ter - e, tal como a premissa de que todos desejamos um paraíso (quem não o deseja?), logo substituímos desejo por medo e temos que todos temos medo de um inferno. Correlativo ao desejo de um paraíso é o medo de um inferno. a conclusão é que tanto paraíso e inferno devem ser reais. A única objecção é: será que temos mesmo medo de um inferno, ou de outra coisa? A evidência é tanto externa como interna. Externamente encontramos esse medo expresso de diferentes maneiras, locais, culturas e religiões. Não é exclusivo da autoridade cristã. Internamente só podemos apelar a uma honestidade individual: não é verdade que a razão do medo da morte é que existe algo em nós que não tem a certeza se há ou não um inferno e que podemos ou não lá ir parar?

A propósito daqueles que morrem ser terem ouvido o Evangelho

Se todos aqueles que nunca ouviram falar do evangelho devem ter parte nele, Deus prestou-nos então um péssimo serviço fazendo com que ele nos seja anunciado, dado que, assim, estamos na posição de o aceitar ou recusar, logo de incorrer em bênção ou maldição; enquanto que aqueles que nunca ouviram falar dele não correm este risco. Teria sido mais sábio e caridoso da parte de Deus que o sacrifício do seu Filho tivesse tido lugar secretamente, que tivesse mantido na ignorância os humanos, não lhes apresentando o evangelho.

E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará

“Todos os homens nascem livres e iguais em direitos ” , trata-se do primeiro artigo da declara çã o universal dos direitos humanos e é a no...