segunda-feira, 24 de maio de 2010

Carta ao apóstolo Paulo - Da parte do comité de evangelização de uma qualquer igreja.

Caro Paulo,

Recentemente recebemos uma cópia de sua carta aos gálatas. O comité me orientou a informá-lo de várias coisas que nos preocupam profundamente:

Inicialmente, consideramos sua linguagem um tanto desequilibrada. Na carta, após a breve saudação aos gálatas, você imediatamente ataca seus oponentes afirmando que eles “querem perverter o evangelho de Cristo”. Então diz que esses homens deveriam ser considerados “malditos”; e, em outro lugar, você faz referência a “falsos irmãos”. Não seria mais caridoso lhes dar o benefício da dúvida — pelo menos até a Assembleia Geral ter investigado e julgado o assunto? Para piorar a situação, você ainda diz: “Quanto a esses que os perturbam, quem dera que se castrassem!” (5:12, NVI). Essa declaração é apropriada para um ministro cristão? A observação parece muito áspera e com falta de amor.

Paulo, temos realmente sentido a necessidade de preveni-lo sobre o tom de suas epístolas. Você confronta as pessoas de maneira áspera. Em algumas cartas você chegou até a mencionar nomes; essa prática tem, sem dúvida, angustiado os amigos de Himeneu, Alexandre e de outros. Afinal, muitas pessoas foram apresentadas à fé cristã pelo ministério desses homens. Embora alguns dos nossos missionários tenham manifestado lamentáveis deficiências, quando você fala desses homens de forma depreciativa só pode provocar sentimentos ruins.

Em outras palavras, Paulo, creio que você deveria se esforçar para ter uma postura mais moderada em seu ministério. Você não deveria tentar ganhar os que estão no erro demonstrando um espírito brando? Neste momento é provável que você tenha alienado os judaizantes a ponto deles não mais o ouvirem.

Por causa de sua sinceridade exagerada no falar, você também diminuiu suas oportunidades de influenciar futuramente a igreja como um todo. Se tivesse actuado de forma menos franca, sua presença poderia ser solicitada para integrar um comité do presbitério para estudar a questão. Você poderia, então, ter contribuído com suas percepções, ajudando a delinear uma boa recomendação do comité a respeito da posição teológica dos judaizantes, sem ter que resistir a personalidades em disputa .

Além disso, Paulo, precisamos manter a união entre os que professam a fé em Cristo. Os judaizantes, pelo menos, permanecem connosco na confrontação do paganismo e do humanismo à nossa volta e prevalecente na cultura do Império Romano actual. Os judaizantes são nossos aliados na luta contra o aborto, a homossexualidade, a tirania no governo etc. Não podemos permitir que diferenças sobre minúcias doutrinárias obscureçam esse factor importante.

Também devo mencionar que o conteúdo de suas cartas tem sido questionado, bem como seu estilo. O comité questiona a propriedade da estrutura doutrinária de sua carta. É sábio importunar jovens cristãos, como os gálatas, com questões teológicas tão pesadas? Por exemplo, em vários lugares, você alude à doutrina da eleição. Você também entra numa longa discussão a respeito da lei. Talvez você poderia ter provado seu caso de outra forma, sem mencionar esses pontos complexos e controversos do cristianismo. Sua carta é excessivamente doutrinária, e provavelmente servirá apenas para polarizar as diferentes facções nas igrejas. Novamente, precisamos enfatizar a unidade, em vez de assuntos controvertidos, que acentuarão as divisões entre nós .

Em outro lugar, você escreveu: “Ouçam bem o que eu , Paulo, lhes digo: Caso se deixem circuncidar, Cristo de nada lhes servirá” (5:2, NVI). Paulo, você tem a tendência de descrever as coisas estritamente em termos de preto-e-branco, como se não houvesse áreas acinzentadas. Você precisa usar expressões mais equilibradas, para não se tornar exclusivista. De outra forma, seu ponto de vista afastará muitas pessoas, e fará com que os visitantes não se sintam bem-vindos. O crescimento da igreja não é promovido tomando-se essa linha dura e permanecendo inflexível.

Lembre-se, Paulo, não existe uma igreja perfeita. Precisamos tolerar muitas imperfeições na igreja, porque não podemos esperar ter todas as coisas ao mesmo tempo. Se você simplesmente pensar sobre sua experiência, você se lembrará de quanto fez mal à igreja no tempo da ignorância. Ao reflectir sobre seu passado, você pode tomar uma atitude mais simpática para com os judaizantes. Seja paciente, e lhes dê algum tempo para chegar a um entendimento melhor. Enquanto isso, regozije-se pelo fato de todos compartilharmos a profissão de fé em Cristo, pois todos fomos baptizados no nome dele.


Sinceramente,

Charles Finney (Pai do arminianismo)

Coordenador do Comité de Missões

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O Papa, Portugal e o resto...

Nestes dias de tristeza onde se pode efectivamente constatar a cegueira e pobreza espiritual na qual o nosso povo em particular e a Europa em geral vivem convém considerarmos alguns pontos:

1. O dirigente da igreja chamada católica é apenas um CEO de uma larga, senão a maior, multinacional mundial que apenas cumpre o seu papel de chefe de estado numa visita diplomática a um país carregado de superstição e idolatria, cujo povo se insere num dos mais fervorosos elementos dos seus recursos humanos.

2. Ao ver este velhinho e a emoção por ele criada somos tentados a ter por uma certa compaixão e simpatia como se de um nosso avô se tratasse. Como ele se diz vigário de Cristo, é natural que vejamos a Pessoa divina sob os mesmos moldes: Deus, para a grande maioria das pessoas, não passa de um velhinho simpático, de cabelos e barba brancos, sentado numa nuvem a observar, complacentemente, as traquinices das suas criaturas. Não se pode zangar, irar, castigar. Apenas deve abençoar, compreender, discursar consoante a diplomacia o exija.

3. Ao ver a igreja católica e as suas tendências políticas e empresariais não posso, igualmente, deixar de pensar na Igreja, a verdadeira, que ultimamente passeia pela mesma vereda: politiquices, jogos de interesses, intrigas, avidez de poder e dinheiro (as duas caminham sempre de mão dada), ânsia pelos números. Daí a necessidade de a igreja católica (a romana) necessitar de um esforço evangelístico no velho continente (leia-se angariação de mercado) de maneira a consolidar a sua posição de religião dominante. Pode sempre fazer como o imperador Constantino, se não os podes vencer junta-te a eles, cristianiza os hábitos pagãos. Como a igreja evangélica no seu pior... cristianiza o pecado: rock cristão, bares cristãos, cristãos carnais, raves cristãs. Empregando o pragmatismo no seu pior, tudo serve para "converter" pessoas. Há-que mostrar números, há-que mostrar serviço.

A visita deste chefe de estado/igreja católica romana só revela uma coisa, a este pobre país mergulhado num obscurantismo espiritual imenso apenas urge uma PREGAÇÃO precisa e concisa, directa e concreta. Não necessitamos de rock cristão, de shows cristãos, de bares cristãos, de manifestações cristãs nem de empreendimentos cristãos. Apenas da boa e velha pregação acompanhada pelo poder do Espírito Santo. Aí talvez venhamos a lamentar a futura ausência do Papado... ou o seu "amor" pela nossa nação.

E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará

“Todos os homens nascem livres e iguais em direitos ” , trata-se do primeiro artigo da declara çã o universal dos direitos humanos e é a no...