quarta-feira, 12 de maio de 2010

O Papa, Portugal e o resto...

Nestes dias de tristeza onde se pode efectivamente constatar a cegueira e pobreza espiritual na qual o nosso povo em particular e a Europa em geral vivem convém considerarmos alguns pontos:

1. O dirigente da igreja chamada católica é apenas um CEO de uma larga, senão a maior, multinacional mundial que apenas cumpre o seu papel de chefe de estado numa visita diplomática a um país carregado de superstição e idolatria, cujo povo se insere num dos mais fervorosos elementos dos seus recursos humanos.

2. Ao ver este velhinho e a emoção por ele criada somos tentados a ter por uma certa compaixão e simpatia como se de um nosso avô se tratasse. Como ele se diz vigário de Cristo, é natural que vejamos a Pessoa divina sob os mesmos moldes: Deus, para a grande maioria das pessoas, não passa de um velhinho simpático, de cabelos e barba brancos, sentado numa nuvem a observar, complacentemente, as traquinices das suas criaturas. Não se pode zangar, irar, castigar. Apenas deve abençoar, compreender, discursar consoante a diplomacia o exija.

3. Ao ver a igreja católica e as suas tendências políticas e empresariais não posso, igualmente, deixar de pensar na Igreja, a verdadeira, que ultimamente passeia pela mesma vereda: politiquices, jogos de interesses, intrigas, avidez de poder e dinheiro (as duas caminham sempre de mão dada), ânsia pelos números. Daí a necessidade de a igreja católica (a romana) necessitar de um esforço evangelístico no velho continente (leia-se angariação de mercado) de maneira a consolidar a sua posição de religião dominante. Pode sempre fazer como o imperador Constantino, se não os podes vencer junta-te a eles, cristianiza os hábitos pagãos. Como a igreja evangélica no seu pior... cristianiza o pecado: rock cristão, bares cristãos, cristãos carnais, raves cristãs. Empregando o pragmatismo no seu pior, tudo serve para "converter" pessoas. Há-que mostrar números, há-que mostrar serviço.

A visita deste chefe de estado/igreja católica romana só revela uma coisa, a este pobre país mergulhado num obscurantismo espiritual imenso apenas urge uma PREGAÇÃO precisa e concisa, directa e concreta. Não necessitamos de rock cristão, de shows cristãos, de bares cristãos, de manifestações cristãs nem de empreendimentos cristãos. Apenas da boa e velha pregação acompanhada pelo poder do Espírito Santo. Aí talvez venhamos a lamentar a futura ausência do Papado... ou o seu "amor" pela nossa nação.

Sem comentários:

Enviar um comentário

E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará

“Todos os homens nascem livres e iguais em direitos ” , trata-se do primeiro artigo da declara çã o universal dos direitos humanos e é a no...