domingo, 23 de outubro de 2011

Relativismo 11 - Pelo absolutismo moral: a linguagem moral

Em quinto lugar, temos o argumento da linguagem moral. Este argumento é bastante óbvio e é usado por C. S. Lewis no início do seu livro “Mere Christianity”. É baseado na observação do que as pessoas falam. Elas não se limitam a batalhar, elas falam sobre o certo e o errado. Isto é, elas agem como se acreditassem no objectivamente real e nos princípios morais universalmente vinculadores. Se apenas desejos subjectivos e paixões humanas estivessem envolvidos, tratar-se-ia meramente de uma competição de força entre pessoas, ou somente de paixões concorrentes dentro de uma pessoa. Se estou com mais com fome do que cansado, eu vou comer, se estou mais cansado do que faminto, vou dormir. Mas nós dizemos coisas como: "Isso não é justo”, ou, "que tem a ver com isso?" Se o relativismo fosse verdadeiro, o argumento moral seria tão estúpido quanto o seria discutir sobre sentimentos: "sinto-me óptimo" ou "não, sinto-me mal".

Na verdade, a linguagem moral que todos nós usamos diariamente - linguagem que elogia, culpa, aconselha ou comanda -, seria estritamente inútil e sem sentido se o relativismo fosse verdade. Nós não elogiamos ou culpamos agentes não-morais como, por exemplo, as máquinas. Quando a máquina automática dos sumos em lata rouba o nosso dinheiro sem entregar uma lata de sumo, não podemos argumentar com ela, chamá-la pecadora, ou dizer-lhe para se ir confessar. Nós pontapeamo-la. Assim, quando alguns dos nossos psicólogos nos dizem que somos apenas máquinas muito complexas eles estão apenas afirmando que a moralidade é apenas um pontapé muito complexo. Isso é tão absurdo que nem sequer merece um debate. Penso que isto apenas merece uns pontapés, o que é, nem mais nem menos, praticar o que pregam: pontapear, mas de forma honesta. O argumento é simples: a linguagem moral é significativa, não existe sem sentido. Todos nós sabemos disso. Sabemos como usá-la e praticamo-la. O relativismo não pode explicar este facto.

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