segunda-feira, 7 de junho de 2010

Casamento gay ou o princípio do fim!

O Portugal católico-conservador assistiu hoje de manhã a um grande passo no pioneirismo daquilo que muitos consideram o despontar de uma nova era da democracia e direitos humanos: o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ninguém se pronunciou, ou praticamente ninguém exceptuando um ou dois movimentos de cidadãos quase anónimos, sobre esta questão que, por um lado, está longe de ser consensual e, por outro, foi parte do programa do governo socialista de José Sócrates democraticamente eleito, logo legitimando esse mesmo programa. Já não querendo colocar a questão em termos morais - não interessa à maior parte das pessoas - nem em termos naturais - a finalidade dos sexos diferentes não é apenas prazer - coloco a mesma questão em termos muito práticos.

Muitos dos meus amigos esboçaram um sorriso de condescendência quando falávamos dos alegados mesmos direitos dos heterossexuais ou homossexuais ou quando lhes perguntei se é democrático haver casamentos de primeira e de segunda classe. A resposta é não. Perguntei se é legítimo proporcionar desequilíbrios psíquicos a terceiros devido a estas uniões. A resposta foi não. Perguntei então porque é que um casamento civil devidamente legalizado, neste caso de homossexuais, não poderia exigir a adopção de crianças (sim, porque, normalmente, um casamento entre pessoas do mesmo sexo impede a procriação!). Não obtive resposta.

Ao legalizar o casamento gay o pobre do nosso país legalizou uma sociedade desestruturada e privada de valores a transmitir. No dizer de Dostoievski, se não há Deus tudo é permitido. Ele tem razão. Quem não acredita numa moral transcendente ao género humano , logo com autoridade sobre ele, não pode pura e simplesmente traçar diferenças entre opções da vontade desse mesmo género humano. Assim, não poderemos inquirir sobre a legitimidade dos mais variados gostos sexuais ou outros por mais bizarros que eles sejam.

O casamento gay peca não somente pela sua natureza, mas também pelas suas consequências. Este tipo de união civil TEM de permitir a adopção de crianças no seu seio. A democracia e a lógica assim o exigem. É que quando falamos de direitos dos homossexuais não podemos deixar de falar dos direitos de terceiros que serão irremediavelmente espezinhados e que trarão consequências gravíssimas ao equilíbrio de uma sociedade já por si profundamente desequilibrada. Dir-me-ão "Conheço muitos heterossexuais que tratam mal as crianças e homossexuais que as tratam bem". Responderei "Não podemos justificar um mal por um exemplo minoritário" e "O casamento heterossexual é esmagadoramente mais numeroso que o homossexual, logo não pode haver comparação estatisticamente falando".

Os defensores destes ideais diabólicos prestaram um mau serviço ao país. Urge a pregação do Evangelho nesta velha Europa árida. Pregação do Evangelho, não de moral.

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